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quinta-feira, 2 de julho de 2020

A doce droga da felicidade no desarmamento


O presente artigo de autoria de Augusto Pola Júnior, faz parte os arquivos do Instituto Shibumi, e fora publicado site do grupo em meados de 2013.

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Quando eu vejo que tem gente que cai no conto da fadas do desarmamento, percebo o quanto essas pessoas gostam de viver de ilusão.

Primeiro: é impressionante quanto tem banner de ‘busque sua felicidade custe o que custar’ no Facebook. Creio que esse tipo de filosofia utópica, o encontro da felicidade neste mundo, acende a ilusão de poder haver paz no mundo, sem mais injustiças, sem mais crimes, todo mundo sendo santo, correto e honesto. Neste mundo de paz, por conseguinte os defeitos das pessoas seriam eliminados. Fácil assim, não?

Ora, Ora, Ora… A paz mundial já foi teorizada por Karl Marx. Ele retirou o individualismo para nos analisar como uma determinada classe. A felicidade seria alcançada quando todos fôssemos iguais (uma mesma classe), ou seja, é a famosa igualdade!

Igualdade é a palavra predileta de nossos governantes. Contudo, o que as pessoas que estão se alimentando de ilusão não percebem que ser igual é oposto a ser livre. A idiotice teórica do bom selvagem vai por água ao perceber que temos instintos, inclusive de defesa.

Mas é por causa dessa utopia comunista de ‘buscar a paz e a felicidade ao encontro do bom selvagem’ que eles não vêm nenhum problema moral de matar e torturar pessoas. Afinal, os fins justificam os meios, não?

É esta ilusão também, que como comentou o Pondé dias atrás, está fazendo com que se as pessoas pudessem escolher, escolheriam estar presas em uma gaiola feliz. A gaiola feliz não é uma novidade de dominação política. Isso era usado na antiga Roma, a famosa política de pão e circo. Hoje, em tempos modernos, ela sofreu uma adaptação cultural: é pão e direito à putaria, ao desejo.

A gaiola feliz, a doce ilusão de felicidade deixando de ser livre, permite cair na falácia das campanhas desarmamentistas. A mensagem e as intenções são nobres, a falácia é:

– Vamos nos desarmar para diminuir a violência. Sem armas, não haverá tantas mortes por armas de fogo.

Ok… Esqueceram de perguntar se os bandidos, pessoas que não respeitam a lei, se irão fazer o mesmo. É claro que não!

A retórica desarmamentista não tem base racional. As estatísticas não colaboram com a ação. Tanto na Inglaterra quanto na Austrália, os índices de violência aumentaram após tais ações. A polícia inglesa, que tradicionalmente era conhecida por operar sem uso de armas, teve que se armar.

Historicamente, as ditaduras genocidas do passado, em um passo anterior aos campos de concentração, desarmaram sua população. Faz sentido, não? Também se pode notar que o desarmamento é uma realidade nas ditaduras vigentes.

Cair no conto da paz via campanha do desarmamento é, em termos práticos e comprovadamente históricos e estatísticos, torna-se mais vulnerável à opressão, seja do bandido ou do Estado. É abrir mão de uma ferramenta importante do seu DIREITO DE DEFESA.

Não podendo vencer a discussão no âmbito racional, os desarmamentistas precisam usar de apelo emocional a fim de obter ganhos políticos.

É interessante observar, que seja no comunismo ou na falácia do desarmamento, as intenções são sempre boas e bonitas. É sempre em nome de palavras bonitinhas: paz, fraternidade, amor. Os efeitos, contudo, são perversos. Ou seja, as palavras só servem de propaganda. Não é à toa que ‘de boas intenções o inferno está cheio’.

Por falar em propaganda, a estratégia do desarmamento usa de uma das mais importantes táticas gramscianas: fazer da exceção a regra e da regra a exceção.

Perceba: o assunto vem à tona sempre quando ocorre uma tragédia comovente ou um acidente, onde uma arma de fogo está envolvida. É usar do apelo emocional para obter ganhos políticos. A nossa prezada racionalidade, já cambaleada por conta da ‘gaiola feliz’, torna-se desprezível.

Casos assim induz a pensar: ‘se todos aderissem à campanha do desarmamento, essa situação não iria ter ocorrido’. Ocorre que nunca acontecerá de todos entregarem suas armas. Os bandidos não farão isso. Além do mais, o Brasil é um país que DIFICULTA MUITO a aquisição de arma de fogo. Não por acaso, temos em torno de 50 mil homicídios por ano! Mais do que se mata em guerras.

Isso seria motivo suficiente para que fizéssemos pressão no lado oposto: facilitar a aquisição das armas! Contudo, a propaganda da esquerda inverte a lógica: culpa as armas. Sim, a lógica da esquerda vai contra fatos e usam a propaganda para sustenta sua mentira e de apelo emocional para intensificar seus ganhos políticos.

E você cai nessa pois acredita no conto da carochinha de que confiar à segurança exclusivamente ao governo é o melhor sistema. Pobre massa de manobra, já caiu no conto do ‘pode confiar’. Acredita que o melhor sistema é confiar exclusivamente na polícia e na força da justiça. Você, feliz aprisionado, não está a fim de acordar para a realidade?

Se o bom selvagem é uma baboseira teórica, não há como haver um governo perfeitamente bom, pois ele é guiado por pessoas.

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