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segunda-feira, 29 de junho de 2020

A inércia tem lado


O presente artigo de autoria de Augusto Pola Júnior, faz parte os arquivos do Instituto Shibumi, e fora publicado site do grupo em meados de 2013.

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Há uma história bem didática a respeito dos Anjos e Demônios. É conhecida como a Parábola da Indecisão, segue:


Existem pessoas que não gostam de participar dos debates políticos. Preferem viver a própria vida… Até podem saber que a política influência os acontecimentos de sua cidade, estado, país e mundo, mas preferem não tomar partido por não ter conhecimento, ou seja, prefere continuar ignorante ao tema. 

O analfabeto político não é necessariamente a pessoa desinformada, ele, até mesmo pelo fato de atualmente as notícias ‘voarem’, sabe o que está acontecimento. Contudo, não busca estudo para o conhecimento das causas. Pode até ter a informação, mas não a formação. 

Não se importando em conhecer tais causas, o analfabeto político só pode se inspirar naquilo que vê na televisão, lê em jornal ou no que o professor de história, geografia, filosofia e sociologia ensinam na escola. 

Quando os formadores de opinião, principalmente os educadores, costumam propagandear apenas uma visão política e histórica, chegamos em um estado que a doutrinação de uma ideologia política e social se torna padrão em uma população. 

Deste modo, os professores educadores privam seus alunos de senso crítico! Criticar não é falar mal de um sistema! Mas é fundamentalizar uma ideia! Não é achar que possui o conhecimento da verdade e sair disparando tiros, pelo contrário, é reconhecer que existem outros pontos de vistas e, através da reflexão, elaborar uma crítica. 

Agora, se a pessoa só tem uma visão limitada de mundo, como colará em choque outros pensamentos para fazer uma reflexão e elaborar uma crítica? Só há um jeito! Estudar! 

A partir do momento que se tem todo um aparato de propaganda, um agente político totalitário (o príncipe de Gramsci) consegue moldar a sociedade conforme seus interesses. Sem senso crítico, as pessoas não conseguem pensar sobre uma ótica diferente e vão agir conforme manda o manual. As pessoas mais engajadas (seja por interesse próprio ou por realmente acreditar na causa) tornam-se militantes. Os militantes costumam estar tão certos daquilo que o príncipe diz que quando a cartilha da realeza com todas as ideias e o discurso do momento pronto chega, automaticamente prega-se aquilo como verdade absoluta. Se na cartilha da semana que vem haver alguma contradição com a atual, isso não importará. Para eles, a lógica é relativa. 

Diante da falta de conhecimento amplo, ou melhor, diante de sua ignorância para com outras ideias, ao ser convidado a pensar de uma maneira um pouco mais diferente do que está no manual, o militante inculto irá ficar revoltado e indignado. Até desejos de morte ao opositor poderá expressar. Isso ocorre até mesmo se tal causa pregar a tolerância, pois, por serem os portadores de uma suposta verdade, acreditam realmente que em nome da tolerância, podem ser intolerantes. Aqui está descrito a base do funcionamento de toda a cartilha politicamente correta. 

É diante de um cenário de doutrinação marxista que os debates políticos estão sendo eliminados. Em relação aos próprios partidos políticos do Brasil, você consegue notar que só se pode pensar à esquerda. Se for pensar à direita, será demonizado. Não porque os argumentos da esquerda sejam melhores, (muito pelo contrário, pois tal corrente ideológica é movida pela mentira) mas porque a propaganda e ação cultural dela foi mais eficiente. 

E o analfabeto político? Neste contexto, o analfabeto político é o que quer ficar em cima do muro. Se julgará de centro: nem à esquerda, nem à direta dos pensamentos políticos. Mas se for questioná-lo a respeito de questões específicas, espontaneamente irá responder: 

– Qual é o culpado pelo aquecimento global? R: O CO2. 
– Você é a favor ou contra a privatização? R: Contra 
– O que foi a Idade Média? R: Idade das Trevas 
– O que você acha da religião? R: Aliena o povo. 
– O que você pensa dos EUA? R: São os imperialistas. 
– Qual a culpa da má distribuição de renda do Brasil? R: Dos ricos 
– Quem produz o ar do mundo? R: As árvores (que somos nozes) 
– É a favor das cotas nas universidades? R1: Sim R2: Olha… Por causa de cor não. Mas para os de escola pública sim. 

O analfabeto político acaba sendo um grande aliado do agente político. Ao reconhecer tal desinteressado, você conseguirá ver o poder invisível (ver algo invisível, irônico, não?) e onipresente do príncipe. Vale lembrar que o marxismo cultural prega a instalação de um regime comunista totalitário, ou seja uma ditadura. 

A tática de permanecer na ignorância, portanto, não faz de você isento dos ataques aos valores que sustentaram e fortaleceram à nossa sociedade (valores de base cristã que foram, inclusive, responsáveis pelo desenvolvimento científico e tecnológico), mas um cúmplice de tal revolução. O vestido combina perfeitamente com o modelo: é da marca massa de manobra. 

E quanto aos militantes? Bom… A história mostra que, uma vez que chegam ao poder, são os primeiros a irem para a guilhotina. Ironicamente irão antes de mim. É interessante observar que os sindicatos, por exemplo, adoram fazer greve com típicos discursos de cunho comunista. Contudo, uma das primeiras ações que o comunismo faz é caçar tais organizações trabalhistas. Os militantes progressistas não são chamados de idiotas úteis à toa. 

Para encerrar, vale lembrar àqueles que se colocam acima do muro! Pessoas que não se consideram massa de manobra, pelo contrário! ‘Penso pela própria cabeça!’… Mas quando confrontado pela mesma série de perguntas acima, obter-se-á respostas similares. A estes eu costumo chamar de cabeça dura.

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