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sábado, 2 de janeiro de 2016

A solução não é a educação


1.  Introdução
Quando o Arthur Rizzi me convidou para escrever nesse espaço – o que me dá enorme honra e satisfação –, pensei em diversos temas que poderiam interessar ao leitor, ou pelo menos interessar a mim (se algo me agrada seguramente terá maior chance de agradar aos outros, pois se tratará de algo pessoal para mim).
Há bastante tempo venho refletindo sobre a questão da Educação em nosso país (com “e” maiúsculo mesmo, no sentido de ensino) e por isso resolvi tecer para esse artigo inicial, alguns comentários sobre o assunto. Muito se tornou chavão no país, em qualquer situação em que se confronta a possibilidade do endurecimento de projetos de enrijecimento de pena tramitando perante o Congresso Nacional – caso do menino João Hélio, redução da maioridade penal, etc. –, ou simplesmente a abolição de determinada conduta – como o porte de entorpecentes para uso pessoal –, argumentar-se que prisão não é a solução, que a solução é a educação.
Supostamente pela pessoa ser “educada” (seja lá, o que for isso), ela supostamente se tornará menos violenta e mais tolerante (talvez inclusive menos pobre de recursos, se for se considerar haver uma relação entre pobreza e violência). Essa frase se tornou tão clichê e tão utilizada pelos mesmos grupos sociais de sempre, que impossível não indagarmos se ao menos é lhe dado uma reflexão mínima sobre seu significado e alcance. Autoridades como o próprio Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recentemente se manifestaram igualmente nesse sentido, de que a redução não resolve o problema, pois os presídios estão tomados por facções criminosas e quem é preso, saí pior do que entrou, pois tem que se aliar àquelas.
Seguramente, nos treze anos do atual grupo no poder, as o estado de insegurança não melhorou, só piorou. Houve explosão absurda do crime no país, de norte a sul, leste a oeste, nos últimos dez a quinze anos (o que inclui a segunda metade do Governo FHC, com um segundo mandato dentro de uma perspectiva recessiva). O que me levar a crer, se houve redistribuição, ou aumento de renda (e se houve foi muito parcial e baseado no consumo e não em mudanças estruturais), houve ao mesmo tempo uma total perda de valores por parte da sociedade.
E isso não tem nada a ver com o cidadão ter recursos financeiros, ou não, ser classe média, classe alta, ou classe baixa. Isso tem a ver com a educação recebida em casa (não ensino, que é algo que se recebe na escola) dos pais, da sociedade que o cerca. Drogas pesadas que não eram consumidas em diversas regiões, como o norte e nordeste, tal como a cocaína e o crack, passaram a ser consumidas e traficadas (quando em passado recente, no máximo era consumido a maconha entre a juventude local, sem a presença de quadrilhas profissionais de traficantes). Esse fator seguramente ajudou na destruição de nossa juventude, vítima da enorme violência que assola o país.
Talvez essa trajetória de violência na sociedade brasileira – que sempre foi pobre, mas talvez não tão desigual e miserável – decorra do fim do Regime Militar, do final da década de 70/começo da década de 80 – a chamada década perdida –, quando houve a tomada das comunidades carentes pelo tráfico e pelas drogas (o que veio a ser retratado na recente obra-prima do cinema brasileiro, Cidade de Deus). Diversos estudos parecem coadunar com esse sentido. Numa sociedade tão mergulhada em crimes violentos como o Brasil, onde pessoas são mortas em assaltos, a despeito, de entregarem seus pertences a seus assaltantes e, a despeito, de não reagirem (o que vai de encontro ao que se sempre aprendemos de nossos pais e familiares – “nunca reagir num assalto, pois bens podem ser substituídos, a vida não”), cabe a indagação: será que o que faltou para aquele menino que lhe assaltou no farol, e que em outra oportunidade já havia cometido latrocínio (roubo seguido de morte), acesso a uma escola que lhe ensinasse a tabela periódica completa, com todos os elementos químicos?
Será que o problema dos menores de idade que tristemente arrastaram o menino João Hélio por quilômetros do lado de fora do carro dos seus pais, foi porque eles não estudaram o Período da Regência na escola? Ou ainda, será, que a razão do então menor Champinha ter esquartejado o casal Liana Friendebach e Felipe Caffé, quando esses faziam um piquenique no campo, foi por não ter corretamente compreendido as leis da Física propostas por Sir Isaac Newton? E, por fim, se como diz o jargão, “a solução é a educação”, porque então a jovem Suzane Von Richthofen – jovem de ascendência alemã, claramente educada, de família com bases sólidas, pais casados, com bons empregos e estabilidade, ex-aluna de um dos colégios mais tradicionais do país, o Colégio Visconde do Porto Seguro, e estudante do primeiro ano do curso de Direito de uma das Faculdades de Direito mais respeitadas do país, a Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade de Católica de São Paulo (PUC/SP) –, coordenou com seus namorados o assassinato de seus pais a sangue frio (por coincidência a mesma universidade e curso, que este autor frequentou, em período temporal bastante próximo com a agora ex-estudante condenada pela Justiça). 
Podemos concluir pelos exemplos supracitados, que não obstante poder haver elementos individuais de cada criminoso nesses casos, como psicopatia, sociopatia dentre outras perturbações neurológicas ou psicológicas, uma fato faz-se necessário reconhecer: as causas da violência não se resumem a educação e podem se bifurcar em tantos caminhos quanto possíveis de se conceber.
Porém, mais do que a violência de agressão per se, muito se percebe na atual sociedade brasileira, a agressão verbal, tendência a caluniar, difamar e simplesmente injuriar o outro. Talvez esse seja fenômeno mundial, trazido com o advento da internet e maior acesso a redes sociais. No entanto seguramente se não transforma as pessoas, tende a demonstrar o que elas são. Nesse sentido, como observou o sociólogo espanhol, Manuel Castells, o Brasil sempre foi uma sociedade violenta[1], o oposto do chamado “homem cordial”, figura retratada pelo historiador Sérgio Buarque de Hollanda, em sua obra mais conhecida, Raízes do Brasil. Sérgio Buarque, como se sabe, é pai do compositor Chico Buarque, que clama ter sido vítima de intolerância e hostilidade por parte de jovens de classe média, que lhe hostilizaram na saída de um restaurante no bairro do Leblon, no Rio.
Logo, percebe-se, pelos exemplos supracitados, levando em consideração que a educação passa pela tolerância e pelo respeito a quem pensa diferente (além de uma certa sutileza e discrição na forma de expor uma opinião – “chique é ser discreto”, como diria a estilista Glória Khalil), que mais do que se afirmar de forma genérica que a solução é a educação, é indagar que tipo de educação grupos que tanto afirmam que a solução de tudo é a educação, defendem. Ademais, cabe indagar se o atual modelo de educação atualmente existente no país forma cidadãos melhores, independente de sua origem, etnia, ou condição social. No mais, cabem algumas indagações, será que o que se espera que se ensinem na escola, não deveria ser ensinado em casa? Será que não há uma confusão entre valores e educação? Ou será que educação, não está sendo utilizada no sentido lato, quando deveria ser no sentido strictu (no sentido, de instrução/ensino)? Afinal, que tipo de educação queremos? E, afinal, não há diversos sentidos para a palavra “educação” (do latim educareeducere, que significa literalmente “conduzir para fora” ou “direcionar para fora”)[2]?
Se a educação representa no sentido de ensino/instrução, que é a educação que se obtém nas escolas e nas universidades, esta seguramente fracassou. Basta perceber os altíssimos índices de analfabetismo funcional entre jovens adultos, inclusive muitos que frequentaram escolas e faculdades; péssimas posições de estudantes brasileiros em rankings internacionais; pouca valorização da produção científica produzida no Brasil (chamada por alguns da comunidade acadêmica internacional, por trás dos bastidores, de “lixo científico”); pouco domínio de estudantes brasileiros em idiomas estrangeiros (aliás, pouco domínio do próprio português por muitos – sou da teoria de quem não consegue dominar as regras de seu próprio idioma, não consegue dominar idiomas estrangeiros); baixa premiação de cientistas brasileiros pelo mundo (recordando que nenhum brasileiro jamais ganhou o Nobel e os que ganharam premiações importantes, como a Medalha Fields de Matemática, normalmente construíram sua carreira acadêmica no exterior, ou com o auxílio de entidades estrangeiras – o matemático Artur Ávila, por exemplo, primeiro ganhador daquele prêmio, é financiado pelo CNRS – Centro Nacional de Pesquisa Científica –, órgão de pesquisa do governo francês)[3].
Não é o objetivo desse artigo tratar das dificuldades e problemas do sistema educacional brasileiro, nem buscar as razões de ser um sistema claramente ineficaz na busca de resultados. Referido tema poderá vir a ser trabalhado em futuros trabalhos. O objetivo do presente trabalho é tratarmos de que tipo de educação queremos como sociedade, ou que tipo de educação alguns setores da sociedade desejam.

2.  A Educação Como Instrumento de Doutrinação - Perspectivas Históricas
Em tempos de debate histérico e histriônico, como o atual presente em nossa sociedade, especialmente com o fluxo contínuo de informações fáceis, mastigáveis, e o alcance de redes sociais e da internet, tornou-se lugar fazer-se comparação de tudo com o Nazi-Fascismo. Essas duas ideologias simbióticas (nazismo e fascismo) são utilizadas como lugares comuns diariamente para tentar desqualificar adversários e defender um ponto, sem qualquer consideração com as vítimas daqueles regimes. 
São inclusive utilizadas de forma absolutamente nonsense e repetitiva por gente que se crê como extremamente educada – e que se imaginaria que teriam alguma idéia mais original e menos repetitiva sobre algo (isso igualmente se aplica para os que creem que tudo seja sinônimo de comunismo).
Se o Congresso Nacional toma alguma medida endurecendo penas, como no caso da emenda constitucional prevendo a redução da maioridade penal em caso de crimes hediondos, tal medida é “nazista” (apesar de que durante o período do Nacional-Socialismo, nem parlamento, ou multipartidarismo havia, e de que diversos países no mundo, considerados “desenvolvidos”, adotam idade penal abaixo dos dezoito anos); se políticos do Partido dos Trabalhadores sofrem críticas na rua, trata-se da mesma tática de perseguição que os nazistas fizeram aos judeus (mais uma vez, uma declaração extremamente ofensiva com as vítimas daquele regime, que foram fuziladas a sangue frio e mandadas para campos de extermínio – declaração que inclusive mereceu uma nota pública de repulsa por parte da  Federação Israelita de São Paulo e outras entidades judaicas de caráter nacional); se alguém considera a lei municipal de São Paulo que proíbe a prática de foie gras – a produção de fígado de ganso, iguaria bastante comum na França – inconstitucional, pelo município de São Paulo não ter competência constitucional para regular a produção de alimento – o que realmente não tem –, trata-se de alguém que aceita crueldade contra animais, na proporção da praticada pelo nazismo (detalhe: a Alemanha Nazista foi o primeiro país do mundo, já em 1933, primeiro ano daquele regime, a abolir a prática de foie gras por razões justamente éticas e humanitárias em prol dos animais – quem conhece o mínimo de história sobre o Nacional-Socialismo, sabe que os nazistas eram racistas, supremacistas em relação a determinadas etnias e nacionalistas, porém extremamente ecologistas e adeptos da proteção aos animais – a maior parte dos líderes nazistas tinham inclusive diversos animais de estimação).
Bom, vamos pegar esse último exemplo para tratar do tão falado e diariamente citado Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei) e a questão da educação – interessante observar que os membros daquela ideologia genocida jamais referiram-se a si próprios como “nazistas”, um apelido derrogatório dado por países aliados (EUA, Inglaterra e França), e sim como Nacionais-Socialistas, o que demonstra o caráter coletivista desde sempre daquela ideologia.
Para os que dizem que a educação é a solução de tudo, importante relembrar que os nazistas, e os fascistas na Itália, em menor grau – Mussolini foi jornalista e posteriormente editor de seu próprio jornal, além de ser fluente em alemão –, eram extremamente educados.
Educados e cultos, diga-se de passagem, com gosto refinado por vinhos, literatura, música e obras de arte – Adolf Hitler, um leitor voraz a vida inteira, com profundo interesse pelo oculto e por temas folclóricos e mitológicos (daí seu distorcido nacionalismo), era fascinado pelo até hoje bastante renomado compositor alemão, Richard Wagner. Joseph Goebbels, seu Ministro da Propaganda, e a figura mais importante no controle das artes e da cultura dentro do Governo Nacional-Socialista, era Doutor (PhD) em Literatura. Enfim, os exemplos são múltiplos de nazistas mais, ou menos conhecidos, com enorme acesso a "educação", no sentido formal.
Não só os principais membros do partido eram extremamente educados (educação no sentido de instrução, de títulos acadêmicos), como todas essas doutrinas totalitárias (nazismo, fascismo, franquismo, comunismo, stalinismo – uma variação ainda mais perversa do comunismo) eram extremamente adeptos de educar (leia-se, doutrinar) os filhos de seus cidadãos, em especial descontentes com aqueles regimes. Adolf Hitler costumava dizer aos seus oponentes, que “vocês estão contra mim, mas seus filhos estarão do meu lado” e durante todo seu governo fortemente incentivou a doutrinação de jovens austríacos e alemães através da chamada Juventude Hitlerista (Hitlerjungen), muitas vezes incentivando-os a denunciar seus pais por atividades subversivas.
Porém, não pensem que essa prática de doutrinação trata-se apenas de uma prática “de direita” (se for considerar o Nacional-Socialismo uma ideologia “de direita” – no máximo, com bastante controvérsias, uma doutrina de extrema-direita, sendo esta a direita militarista, não a direita liberal).
A prática de doutrinação, através da educação, foi especialmente forte em todos os regimes comunistas até hoje existentes, sem exceções.  Da União Soviética de Lenin e Stalin, à Cambodia de Pol Pot e seu sanguinário Khmer Rouge (adepto de mandar cambodianos para comunas reeducadoras coletivas no campo), à Cuba dos irmãos Castro, à Venezuela de Hugo Chavez, à atual Coréia do Norte de Kim Il-Sung e seus filhos, aos diversos regimes satélites de países da Europa Oriental pré-queda do Muro de Berlim, à China de Mao Tse-Tung, todos esses regimes fortemente “educavam” (leia-se doutrinavam e perseguiam) suas populações. 
A China de Mao Tse-Tung é outro regime que merece um capítulo à parte. Quando Mao assumiu o poder em 1949, encontrou um país rural, miserável e com traços feudais, após longa guerra contra os japoneses que ocuparam parte de seu território por décadas (em particular, a região da Manchuria), e, posteriormente a sua expulsão, após guerra civil entre os nacionalistas, comandados por Chiang Kai-Shek, e os comunistas, comandados pelo próprio Mao e outros membros de seu partido, como Zhou Enlai, outra figura importante dentro do Partido Comunista.
Mao, que era um brilhante estrategista militar – a guerrilha maoísta, estrangulamento gradual das cidades por grupos guerrilheiros no campo, ainda é bastante utilizada por grupos comunistas/subversivos ao redor do mundo –, no entanto, aparentemente tinha zero noção de economia quando pôs seu ambicioso plano de produção de alimentos, o Grande Salto Para Frente, nas décadas de 50/60. Não só o plano, que requeria enorme contingente de pessoas trabalhando no campo de forma industrial sem levar em considerações as técnicas milenares de produção de alimentos na China, deu miseravelmente errado, como causou fome generalizada naquele continente, queda acentuada na produção de alimentos, milhões de mortes, e, em casos extremos, canibalismo em algumas comunidades rurais.
Prestes a ser afastado do poder por seu partido, devido ao fracasso de seu plano, Mao, através de sua última esposa, Jiang Qing, e de outros aliados (grupo que ficou conhecido como a Gangue dos Quatro), lançou mão da chamada “Revolução Cultural” para expurgar “inimigos” do partido e da revolução.
Dezenas de milhares de pessoas ao redor da China foram perseguidas por suas idéias, professores humilhados, intelectuais mandados para campos de reeducação e pessoas sendo perseguidas simplesmente por usarem instrumentos considerados “burgueses” e “ocidentais”, como óculos de leitura. Esse período macabro da História da China durou por volta de 1966 até 1976, quando da morte do Mao e o afastamento de todos os cargos dos membros da Gangue dos Quatro e sua posterior prisão. Estes devotos seguidores do Camarada Mao acabaram servindo como bode expiatório, e foram culpados perante o Partido Comunista Chinês por todos os “desvios” e “excessos” ocorridos durante a Revolução Cultural (Mao teve sua imagem preservada).
Por último, faz-se interessante observar, que todos os chineses residentes na China Continental eram obrigados a comprar o Livro Vermelho com citações e ensinamentos do Professor Mao – o que o levou a receber royalties por cada cidadão chinês que comprasse seu livro, tornando-se provavelmente o homem mais rico da China em sua época, país, na ocasião, com a população bastante miserável. 
Esse episódio, feito por gente bastante educada – Mao, relembrando era reitor de escola primária/secundária antes da tomada do poder; sua última esposa, Jiang Qing, uma atriz conhecida na China –, demonstra que se educação é a solução, cabe a qualquer sociedade com cerca de preocupação qual tipo de modelo de educação será o proposto. Acima de tudo, poder-se-ia ainda indagar se educação se aprende na escola, ou no seio do convívio familiar. Fazendo um salto para o presente, podemos perceber muitas vezes por pessoas supostamente com responsabilidade institucional, como deputados e senadores, uma preocupação com o tipo de educação que é ensinada nas escolas, e se isso não poderia constituir forma de doutrinação.
No presente, por exemplo, se para deputados evangélicos há verdadeira obsessão com a questão de gênero nas escolas, para o polêmico deputado Jean Wyllis, do PSol-RJ – partido supostamente independente, mas que sempre apoia o PT no segundo turno –, o problema da Educação no país é outro.
Em recente lançamento de livro e debate com líderes evangélicos moderados, o deputado psolista ressaltou que apesar de supostos avanços durante os doze anos do atual grupo no poder no governo federal, nos últimos anos, houve inclusão da população pelo consumo, não pela educação (razão de supostamente haver rejeição de parcela da população mais humilde àquele partido e demais partidos que se declaram de “esquerda” – uma visão, poder-se-ia dizer, arrogante e pretensiosa da realidade – além de no mínimo paternalista)[4]

3.   Conclusão
Em suma, como muitos também concordo que falar que a solução de tudo é a educação é o maior chavão. Educação quando? Em 2050? 2100? E qual educação? Educação para formar jovens com consciência cidadã e cívica? Educação libertária, cívica, técnica, cidadã, espiritual, ou meramente doutrinária?
Também acredito em uma educação que não prepare apenas para o mercado do trabalho, mas uma educação que ensine valores éticos, familiares e comunitários. Que ensine o conceito de cidadania, com seus direitos e deveres. Uma educação que faça o jovem aprender a pensar, a refletir e a chegar a suas próprias conclusões, de forma respeitosa para com os outros e com fundamentos. Há de haver o envolvimento de todos para chegar nesta educação, do governo, da família, da sociedade e do professor (conforme inclusive está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sendo a educação um dever de TODOS), do contrário continuaremos com esses dados alarmantes, sempre sendo chocados pelo próximo crime violento que aparece na mídia.
Porém não acredito em educação para formar pretensos intelectuais, que se acham os donos da verdade do mundo, que não respeitam pais, idosos, religião (especialmente dos outros), ou qualquer pessoa ou entidade que não seja de sua preferência ideológica, como tantos por aí. E que, acima de tudo, não respeitam qualquer opinião que não seja a sua.
Se for esse último caso, acredito ser melhor não ter educação nenhuma. A sociedade estará em melhor situação.

4.       Sites Consultados (parcial)




[1] http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/219703-a-imagem-mitica-do-brasileiro-simpatico-existe-so-no-samba.shtml
[4] http://www.quadradodosloucos.com.br/3622/jean-wyllys-os-tabus-e-as-contradicoes-da-questao-evangelica/ 

5 comentários:

  1. Parabéns pela descrição, percurso, pesquisa e apartes... Excelente texto, fluido e fácil de ler! Abraço

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    1. Manuel Matos, obrigado! Apenas agora vi sua mensagem...

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  2. Parabéns pela descrição, percurso, pesquisa e apartes... Excelente texto, fluido e fácil de ler! Abraço

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  3. Parabéns pelo tema, mas eu confesso que esperava um pouco mais de exemplos na prática. Como o vídeo da Prager University chamado "Why Do People Become Islamic Extremists?", onde se mostra que pobreza e falta de educação não causam o terrorismo.
    https://www.youtube.com/watch?v=-IchGuL501U
    Do contrário, a maior parte dos terroristas são de classe média e são universitários, ou ainda, conhecem e aprendem o terrorismo nas próprias universidades.
    Enfim, bom artigo!

    Zero, the MAV Hunter/Igor Contarini.

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    1. Recomendo que você assista um filme chamado "Por Trás de 11 de Setembro" (Hamburg Cell), que mostra justamente isso...

      Os principais perpetuadores de 11 de setembro eram jovens de famílias de origem muçulmana de classe média alta, muitos que foram criados em lares agnósticos, que estavam como estudantes de pós-graduação em universidades na Alemanha...

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